A abordagem anatômica começou a ser instigante quando o homem teve a curiosidade de observar em um animal, as diferentes partes que o constituíam. Desta observação surgiu a dissecação com o intuito de estudar os órgãos separadamente, e assim teve origem a Anatomia Comparativa.
Seguindo este raciocínio ressaltou que os indivíduos ditos primitivos tinham algum conhecimento a respeito dos corpos humano e animal, sendo que boa parte desse saber era fruto da matança de animais como fonte de alimento. Também na própria Bíblia, considerada o livro mais antigo do mundo, respectivamente no livro de Gêneses e no evangelho de Lucas são descritos trechos de interesse anato-fisiológico.
Entre os mais acessíveis exemplos estão os que se referem à menstruação, à menopausa e aos movimentos do feto no útero.
No contexto deste conhecimento algumas idéias vagas e errôneas persistiam, como o sangue que era tido como supostamente presente nas veias, enquanto as artérias eram cheias de ar.
Os músculos foram considerados balões inflados por um líquido fluído vital ou espírito, e este fluído era carregado por nervos que eram vistos como tubos.
O estômago, o coração, o cérebro e a pituitária estavam entre os órgãos onde se situava a alma.
Por outro lado, foram emergindo gerações de especialistas responsáveis pela pesquisa e ensino da Anatomia, construindo o processo científico hoje existente, que proporciona benefícios diversos e atuais, como o uso da anestesia para eliminar a dor ou a assepsia contra a infecção, entre tantos outros exemplos que poderíamos relatar neste trabalho.
Embora a Anatomia seja essencial ao ensino da área de saúde, Gardner alertou que inúmeras vezes os estudantes vêm a perceber a devida importância da Anatomia somente quando se encontram ao lado de um leito ou de uma mesa operatória do seu paciente ou familiar , uma situação tão corriqueira na vida do profissional da área de saúde, quando ele tem a oportunidade de comprovar todo o conhecimento adquirido ou perdido durante sua vida acadêmica.
Diante de tal exigência social, as instituições de ensino têm a responsabilidade de gerar o conhecimento e a produção científica considerando as necessidades da comunidade que as norteia.
Compartilhando a ciência engajando-se em causas sociais, colaborando na formação e na vida dos cidadãos.
Em tempos em que se tornou tão simples a transmissão de informações, é primordial colocar a educação além desta transmissão, estimulando o indivíduo a adquirir conhecimento científico e a desenvolver atitudes de cidadania em seu contexto social.
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